A cidade de São Paulo amanheceu com linhas de metrô e trens paralisadas nesta terça-feira (28). Os funcionários cruzaram os braços contra o plano de privatizações do governo do estado. Sem o transporte sob trilhos operando, um plano de contingência foi montado.

As linhas do metrô 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, do monotrilho, não estão operando. Os ramais privatizados e atendidos pela Via Mobilidade, 4-Amarela e 5-Lilás estão funcionando.

Nos trens, operam as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, que são concedidas. Enquanto o ramal 10-Turquesa, da CPTM, está inoperante. As linhas 7-Rubi, 12-Safira e 13-Jade funcionam com o contingente de superiores que não aderiram ao movimento, e a linha 11-Coral opera parcialmente.

Para tentar dar conta do aumento da demanda, a Prefeitura de São Paulo promete operação especial nos ônibus municiais, com reforço de efetivo nas linhas. As rotas da EMTU, dos coletivos intermunicipais, também operam com frota máxima, segundo o governo de São Paulo.

O rodízio de veículos na capital paulista foi suspenso e os órgãos públicos decretaram ponto facultativo para tentar reduzir a necessidade de deslocamentos já que os transportes de massa não funcionam.

A greve dos funcionários foi convocada há mais de uma semana. Eles são contra a privatização da Sabesp, a companhia de água e esgoto de São Paulo, além dos planos de repassar todas as linhas ferroviárias e metroviárias para a iniciativa privada. Professores da rede estadual também aderiram ao movimento e cruzaram os braços.

O governador Tarcísio de Freitas negou que o plano de privatização será revisto e chamou o movimento grevista de abusivo. O Palácio dos Bandeirantes conseguiu na justiça liminares que garantiam o funcionamento das linhas em 80% nos horários de pico, mas a medida foi descumprida.