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Governo suspende leilão de arroz, mas medida pode retornar caso preços disparem

Planalto agenda reunião com membros do agronegócio para tratar da importação do item; primeiro leição foi cancelado após polêmicas e repercussões negativas

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O governo federal anunciou na tarde desta quarta-feira (3) a suspensão do leilão do arroz. Em contato com a equipe de reportagem da BandNews FM, o ministro da Agrivultura, Carlos Fávaro, confirmou que o leilão não será realizado neste momento. No entanto, caso os preços do arroz dispare nos mercados, é esperado que o leilão possa acontecer.

Na próxima semana, haverá uma reunião entre o agronegócio e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para tratar da importação de arroz. A expectativa é de que seja assinado um termo de compromisso para que, caso falte arroz em determinada região do país, o grão possa ser levado pelo governo federal.

A iniciativa de se realizar um leilão ocorreu após as chuvas que inundaram o Sul do país. A região do Rio Grande do Sul é um forte produtor de arroz e havia a insegurança de que pudesse faltar arroz para a população após o Estado ser tomado pelas águas.

Com isso, o governo elaborou um leilão de arroz para garantir que o item não faltaria nos supermercados pelo país. No entanto, houve uma polêmica com a realização da medida após quatro empresas vencedoras do leilão não cumprirem as condições básicas para participar do projeto

Diversos lotes foram arrematados por empresas sem histórico de atuação no mercado de grãos. Entre elas, um mercado de queijos, em Macapá, uma locadora de máquinas agrícolas, em Brasília, e uma indústria de polpa de frutas, no interior de São Paulo.

Com a forte repercussão negativa, o governo cancelou o leilão. A repercussão negativa bateu na porta do Palácio do Planalto e fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificar o leilão como “desorganizado” e vítima de uma “falcatrua”.

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