Governo Federal reinaugura Conselhão com críticas a taxa de juros

Abertura do Conselho do Desenvolvimento Econômico Social, recriado pelo Governo Lula, foi marcado pela posse de 242 novos integrantes

Rádio BandNews FM

Governo Federal reinaugura Conselhão com críticas a taxa de juros
Criado em 2003, colegiado funcionou por quase 15 anos. E foi extinto no governo Bolsonaro
Foto: Agência Brasil

O Governo Federal reinaugurou o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão, nesta quinta-feira (4), em Brasília. O evento foi marcado pela posse de 242 novos integrantes e críticas a taxa de juros definida pelo Copom

O presidente Lula participou da primeira sessão do Conselhão, na manhã desta quinta-feira, no Palácio do Itamaraty. O órgão foi extinto no governo do ex-presidente Bolsonaro e voltou a funcionar no mandato do petista, agora com a palavra "sustentável".  

O objetivo dele é de ser um espaço aberto de diálogo entre o Governo Federal e a sociedade.

Durante o evento Lula falou sobre os compromissos do país com relação ao combate à fome e a transição energética.  

O chefe do Executivo voltou a falar da sobre a taxa de juros e disse que os brasileiros não se importam com os juros e sim com o tamanho das parcelas que terão que pagar ao fazer um financiamento.  

Representantes da Cosan e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro cobraram uma Selic mais justa na abertura do chamado "Conselhão".

O presidente do Conselho Administrativo da Cosan, Rubens Ometto, afirmou que os empresários estão "sufocados" pelos juros, mas disse que o mais importante, agora, é a aprovação do novo arcabouço fiscal para que todos tenham segurança jurídica para investir no país.

O presidente do Conselho de administração do banco Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, pediu paciência e equilíbrio entre os que criticam e defendem a atual taxa e afirmou que não se pode esperar condições especiais para o crescimento.

Já a fundadora do Magalu, Luiza Helena Trajano cobrou, em tom de brincadeira, maior participação das mulheres nos próximos "conselhões" e mais ações do governo para combater a fome.

Nesta reedição do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, 40% dos membros são mulheres e 30% são negros.