O vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrij Melnyk, afirma que o Brasil pode ajudar a "deter a agressão russa", ao propor um plano para a paz na região. Ele se reuniu, nesta quarta-feira (10), com o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim.
A visita do representante do governo brasileiro à Kiev ocorre após convite do governo ucraniano. Amorim participou do encontro como enviado especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Celso Amorim ainda se encontrou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e disse que Rússia e Ucrânia devem considerar concessões para chegar a um acordo de paz. “Não será fácil chegar a uma confluência. Será necessário que os dois lados cheguem à conclusão de que o custo da guerra é maior do que o custo de certas concessões”, afirmou o ex-chanceler.
No início de abril, Amorim esteve em Moscou, onde se reuniu com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Na oportunidade, o líder russo pediu que o representante brasileiro transmitisse a Lula um convite para visitar a Rússia.
Ainda em abril, o ministro de negócios estrangeiros russo, Sergey Lavrov, esteve em Brasília e foi recebido pelo presidente brasileiro.
Essas visitas geram diversas críticas e inclusive afirmações de que o governo brasileiro apoiava Moscou na guerra, o que foi negado pelo governo do Brasil.
O convite para a visita à Ucrânia ocorreu após esses episódios. A ideia era sensibilizar o governo brasileiro, que condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas se posicionou contra sanções econômicas contra Moscou.
O presidente Lula busca intermediar um plano de paz entre russos e ucranianos.