O governo da Rússia divulgou nesta quinta-feira (6) as imagens da operação de busca e apreensão realizada na casa do líder do grupo Wagner - organização paramilitar que realizou um motim contra o Kremlin recentemente -, Yevgeny Prigojin. A ação policial ocorreu após a rebelião do grupo contra a pasta da Defesa do presidente russo Vladimir Putin. Bilionário, o chefe teve seus disfarces apreendidos e, nas imagens, é possível verificar perucas e barbas de diferentes colorações. "Sempre tem coisas curiosas nessas operações de busca e apreensão", considerou o âncora Luiz Megale.
Segundo o repórter Felipe Kieling, o Yevgeny Prigojin saia às ruas com perucas e barbas falsas. "Me chama mais a atenção do que disfarça. Parece aqueles disfarces com óculos e bigode. Se eu o encontro na rua, me chama mais a atenção do que uma pessoa andando", considerou Kieling. Além das perucas, também foi encontrado um jacaré empalhado, fotos de inimigos mortos, armas e munições, um martelo destinado a negociações e grandes quantias de dinheiro.
Envolvimento na guerra russa com a Ucrânia
O grupo Wagner é uma organização paramilitar contratada pelo governo da Rússia para auxiliar seu Exército na guerra contra a Ucrânia. Recentemente, no fim do mês de junho, a organização liderada por Yevgeny Prigojin produziu uma rebelião contra o ministro da Defesa russo e passaram a direcionar seus equipamentos de guerra em direção a Moscow.
Por horas, os combatentes chegaram a ocupar um quartel-general da Rússia em Rostov-no-Don. Com o fim do motim, Yevgeny afirmou que o objetivo não era derrubar Putin ou enfraquecê-lo e, desde então, o líder do grupo não foi mais visto em território russo. Sua localização, no entanto, é considerada um mistério já que o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou recentemente que Prigojin deixou o país nos últimos dias.