Governo dá novo prazo para anúncio do pacote de corte de gastos

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que medidas devem ser divulgadas até terça (26)

BandNews FM

Governo dá novo prazo para anúncio do pacote de corte de gastos
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)
Washington Costa/MF

Depois de mais um atraso na apresentação do pacote de corte de gastos, o Ministério da Fazenda sinalizou um novo prazo para anunciar o plano de ajuste fiscal: até terça-feira (26).

Uma reunião está prevista para a segunda-feira (25) para discussão dos detalhes. No encontro, a equipe econômica vai apresentar as medidas ao presidente Lula.

Em conversa com a imprensa, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou os pontos em que já foram fechados acordos e disse faltar pouco para que as medidas entrem em vigor:

“Nós vamos bater com ele [Lula] a redação de um ou outro detalhe, inclusive o acordo que foi feito com [o Ministério da Defesa], que ele soube só informalmente por mim. Nós vamos bater com ele a redação e, ao fim da reunião de segunda-feira, nós estaremos prontos para divulgar. Aí faremos isso na própria segunda ou na terça. É uma decisão que a comunicação [do governo] vai tomar, mas os atos já estão limitados”

O que impossibilitava um acordo para o anúncio era a mudança sobre a aposentadoria dos militares das Forças Armadas, que são subordinados ao Ministério da Defesa. Agora, a pasta aceitou a proposta da equipe econômica, o que permitiu avanço da discussão.

A avaliação do Palácio do Planalto é de que o ponto que ainda exige ajustes é a progressão de carreira dos atuais militares, que depende de vagas abertas nos postos superiores. Nas contas da equipe econômica, também estão mudanças e revisões em benefícios assistenciais, o que tem gerado um grande desconforto na Esplanada dos Ministérios.

A previsão é que o pacote gere uma economia de R$70 bilhões para os cofres públicos, sendo R$ 30 bilhões em 2025.

Além disso, os reajustes do salário mínimo e benefícios sociais devem seguir as regras do arcabouço fiscal, limitados a 2,5% acima da inflação.

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