Governo anuncia benefícios para o setor automotivo com custo de R$ 1,5 bilhão

Plano prevê descontos de até R$ 8 mil para carros e deve durar quatro meses; caminhões e ônibus também terão subsídios

Rádio BandNews FM

Governo anuncia benefícios para o setor automotivo com custo de R$ 1,5 bilhão
A medida deve render aproximadamente R$ 3 bilhões em novas receitas neste ano
Foto: Agência Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Comércio e Indústria, Geraldo Alckmin, junto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalharam nesta segunda-feira (5) as medidas para baratear carros, ônibus e caminhões.

No caso dos carros, o plano prevê desconto máximo de 11,6% que vai variar de R$ 2 mil até R$ 8 mil no valor final dos veículos que custam até R$ 120 mil. De acordo com Alckmin, os modelos que terão as maiores quedas nos preços serão aqueles que cumprirem critérios sociais, de meio ambiente e de densidade industrial.

Sobre os caminhões e ônibus, o funcionamento será o seguinte: o motorista precisa comprar um caminhão (ou ônibus) licenciado e com mais de 20 anos de fabricação e enviar o veículo velho para a reciclagem. Será preciso apresentar essa documentação na hora da compra do novo. O valor pago pelo caminhão velho será incluído no desconto dado pelo programa.

Os descontos totais vão de R$ 33 mil até R$ 99 mil e isso vai depender do tamanho do caminhão ou do ônibus e de critérios como a quantidade de poluentes que o veículo emite.

A gestão federal afirma que a iniciativa custará R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos e o custo será dividido da seguinte maneira:

- R$ 500 milhões serão destinados a benefícios de automóveis,

- R$ 700 milhões serão destinados a benefícios de caminhões;

- R$ 300 milhões serão destinados a benefícios de vans e ônibus.

Depois que o valor for alcançado, o programa será encerrado.

Para bancar a iniciativa, os ministros anunciaram que a alíquota sobre o combustível, que ficaria zerada até 31 de dezembro deste ano, vai subir a 11 centavos a partir de setembro após a chamada noventena, ou seja, a antecedência de 90 dias exigida para que o governo possa aplicar um aumento de tributos.

A medida deve render aproximadamente R$ 3 bilhões em novas receitas neste ano.

De acordo com Alckmin e Haddad, o governo vai conceder um crédito tributário às montadoras que venderem os veículos com descontos aos consumidores. Neste desenho, o cliente terá uma redução no preço e o valor do desconto aplicado será convertido em crédito para a indústria automobilística usar, em um segundo momento, para abater tributos devidos à União.