O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, assumirá o posto de chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional. Ele atuou como interventor federal na segurança do Distrito Federal e agora substitui o general Gonçalves Dias, que pediu demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional nesta quarta-feira (19).
O pedido de demissão foi feito depois da divulgação de imagens de circuitos internos do Palácio do Planalto nas quais Dias aparece no local interagindo com manifestantes durante os atos criminosos do dia 8 de janeiro.
O comunicado vem após uma reunião do presidente Lula com os ministros do governo. Nesta quarta, o militar foi convocado para uma sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, justamente para ser ouvido sobre os atos. Porém, o general não compareceu e alegou problemas de saúde.
Em nota, o GSI afirmou que o objetivo do ministro era esvaziar o 3º e 4º pisos do Palácio do Planalto, além de realizar a prisão de quem tinha invadido o prédio, que é sede do Poder Executivo.
Ainda de acordo o gabinete, a ideia era concentrar os manifestantes no 2º andar, onde, após esperar pelo reforço do pelotão de choque da Polícia Militar do Distrito Federal, foi possível realizar prisões.
As imagens, obtidas pela CNN Brasil, ainda mostram possíveis agentes do GSI auxiliando os invasores ao entregar garrafas d'água e abrir portas do prédio.
Por isso, o Gabinete afirmou que as condutas dos envolvidos estão sendo apuradas em uma sindicância investigativa e que, se condutas irregulares forem comprovadas, os autores serão responsabilizados.
Em comunicado, o órgão alertou que as gravações fazem parte de inquérito policial, sob responsabilidade do STF, e não foram liberadas para a imprensa.
Ricardo Capelli, que atuou como interventor na segurança do Distrito Federal, repercutiu o caso:
Já a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que “o general Gonçalves Dias sai, mas as investigações continuam”.