O advogado de Mauro Cid afirma que o golpe de Estado só não aconteceu porque o comando do Exército não aderiu à ideia.
A Polícia Federal quer ouvir novamente o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, já que ele não citou a reunião ministerial na delação premiada. O material foi encontrado na casa de Cid.
O acordo prevê a colaboração do investigado, que pode ser questionado quando informações relevantes são omitidas.
O conteúdo serviu de base para a Operação Tempus Veritatis, da semana passada.
O vídeo da reunião ministerial, em que Bolsonaro e ministros falam sobre como se manter no poder, estava no computador Mauro Cid.
A defesa vê, no vídeo de julho de 2022, indícios que fortalecem a delação, como destaca o advogado do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cezar Bitencourt.
Passado o Carnaval, o defensor confirmou que Cid vai prestar um novo depoimento e ressaltou que ele não tem nada a esconder.
O advogado afirmou que Cid foi prejudicado ao ser colocado no posto de ajudante de ordens do ex-presidente.
Segundo o advogado Cezar Bitencourt, o ex-ajudante de ordens só cumpria ordens que recebia do presidente da República.
Pelas redes sociais, Bolsonaro convocou aliados para um ato em São Paulo, no fim deste mês. Ele promete respostas às suspeitas levantadas pela Polícia Federal e destaca que os apoiadores não devem levar cartazes ou bandeiras.
A Polícia Federal analisa o material recolhido em endereços ligados aos 16 militares que foram alvos de busca na operação da semana passada.
Os investigadores estão cruzando as informações com os depoimentos das quatro pessoas presas. Entre eles o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, que chegou dos Estados Unidos e está detido em Brasília.