O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmra Mendes, vota pela ampliação do foro privilegiado de autoridades. A manifestação dele foi dentro de um processo que envolve o senador Zequinha Marinho. O parlamentar pede que o STF analise uma denúncia apresentada à Justiça Federal contra ele.
No voto, Mendes defende que, nos processos que tratam de crimes funcionais, o foro deve ser mantido mesmo se os acusados não ocuparem mais o cargo que ocupavam à época dos supostos delitos, inclusive em casos de renúncia e cassação.
O ministro entende, também, que ao fim do mandato, o investigado deve perder o foro se os crimes foram praticados antes de assumir o cargo ou se não tiverem relação com o exercício da função.
Caso o voto dele seja seguido pelos demais ministros, o STF pode mudar o entendimento firmado em um julgamento de 2018, quando o plenário restringiu o foro por prerrogativa de função. Na ocasião, ficou definido que somente os crimes praticados durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo deveriam ser analisados pela Corte.