George Santos, deputado americano filho de brasileiro, é detido nos EUA

Republicano é investigado desde março e irá depor sobre denúncias de fraude eletrônica, desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro e mentiras em formulários federais

BandNews FM

George Santos, deputado americano filho de brasileiro, é detido nos EUA
George Santos, deputado americano filho de brasileiro, é detido nos EUA
Reuters

O deputado americano George Santos, que é filho de brasileiros, foi detido na manhã desta quarta-feira (10) no momento em que se apresentou ao tribunal federal de Long Island, em Nova York. O parlamentar será levado a um juiz no período da tarde e ouvirá 13 acusações diferentes de crimes federais, segundo o Departamento de Justiça.

O republicano foi eleito em 2021 e desde então é alvo de diferentes denúncias, como fraude fiscal, estelionato e de mentir no currículo. Ele foi detido após ter sete acusações em fraudes eletrônicas, três de lavagem de dinheiro, uma de roubo de fundos públicos e duas de mentiras em formulários da Câmara dos Deputados.

A imprensa americana calcula que a pena do deputado pode chegar a 20 anos de prisão. Ele não deve ser preso nesta quarta. A detenção é um processo normal no Judiciário americano quando da apresentação do indiciamento.

Em março, o Comitê de Ética dos Estados Unidos abriu uma investigação contra Santos, após ele ter confessado mentiras no currículo dele no período eleitoral. A apuração também incluía uma denúncia de assédio feita por um assessor que trabalhou no gabinete do parlamentar.

De origem brasileira, George Santos venceu o democrata Robert Zimmerman na disputa pela vaga deixada pelo democrata Tom Suozzi, no 3º Distrito de Nova York. Na ocasião, ele afirmava ter diplomas da Universidade de Nova York e do Baruch College, mesmo nenhuma das instituições terem o registro da matrícula.

Apesar da pressão de eleitores e políticos para que George renuncie, ele continuará atuando no Congresso enquanto responde pelas acusações. “Nos EUA, você é inocente até que se prove o contrário”, afirmou o presidente da Câmara, Kevin McCarthy.