O governo Lula vai voltar a cobrar impostos federais da gasolina e do álcool, o que vai fazer com que esses combustiveis fiquem mais caros. A informação foi antecipada pela colunista da BandNews FM Mônica Bergamo e deve ser anunciada pelo ministério da Fazenda ainda nesta segunda-feira (27). A isenção completa dos impostos federais termina nesta terça (28).
Nesta segunda (27), o presidente Lula se reuniu com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, e com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para discutir o assunto.
Motoristas pelo País acompanhavam com apreensão a possibilidade do encarecimento dos combustíveis.
Sem a isenção, a gasolina poderia ter um aumento de R$ 0,69 por litro e o etanol, em torno de R$ 0,24.
A cobrança será com alíquotas diferentes com porcentual maior para a gasolina e menor para o etanol.
Havia um impasse entre as alas política e econômica do governo. A ala política queria que a isenção completa fosse prorrogada. Já a ala econômica entendia que, diante do impacto nas contas públicas, a cobrança dos impostos deveria voltar integralmente.
Se os impostos federais continuassem zerados, haveria uma perda de arrecadação de cerca de R$ 3 bilhões por mês. A volta da cobrança dos impostos pode causar um efeito dominó, aumento a inflação.
A ala política defendia que, antes de retomar a cobrança, era preciso definir uma nova política de preços da Petrobras, mudança que depende do conselho da estatal.
A equipe econômica propôs um meio-termo: o governo abre mão de uma parcela dos impostos sobre a gasolina e uma parte sobre o etanol.
Uma nova MP com as mudanças na cobrança dos impostos deve ser assinada pelo governo.
Em janeiro, Lula havia editado uma medida provisória que mantinha os impostos zerados. A MP desonerava, além da gasolina e do etanol, o querosene da aviação e o GNV.