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Garimpeiros atacam base do Ibama na Terra Yanomami e segurança é reforçada

Local do atentado é o mesmo que foi incendiado por invasores em 2021

Rádio BandNews FM

Fiscais do Ibama foram atacados por garimpeiros invasores que passavam pela aldeia Palimiú, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. No local, está montada uma base para combater o acesso irregular na área demarcada. O atentado ocorreu na madrugada de quinta-feira (23) e foi comunicado pelo órgão apenas na noite do mesmo dia. A segurança foi reforçada.

A região é a mesma em que uma base do Ibama foi incendiada em 2021 por garimpeiros ilegais.

O grupo de agora disparou contra os agentes quando foi abordado, deixando a região em sete “voadeiras” - barcos de motor utilizados para navegação nos rios amazônicos. Eles levavam uma carga de cassiterita, metal cobiçado pelos bandidos que invadem a terra.

No confronto, um dos criminosos foi baleado e preso, enquanto os outros conseguiram fugir. A ação só foi possível porque drones do Ibama identificaram a movimentação irregular no rio Uraricoera. O bandido capturado está sob custódia da Polícia Federal em um hospital e vai responder por atacar servidores públicos.

Os agentes de segurança atuam na proteção dos fiscais do Ibama em conjunto com a Força Nacional de Segurança e a Polícia Rodoviária Federal. Eles estão na região desde o dia 7 de fevereiro.

Os garimpeiros que invadiram a Terra Indígena estão autorizados a deixarem a área, mas não podem levar metais preciosos e nem transportar equipamentos do garimpo.

Desde o dia 20, fiscais do Ibama instalaram uma barreira física com cabos de aço na região e nenhum barco carregado passou pelo local.

A saída de garimpeiros também acontece pelo ar, com aviões fretados que estão autorizados a utilizar três corredores aéreos monitorados pelo Força Aérea Brasileira. No dia 6 de abril, no entanto, o espaço aéreo da Terra Indígena será fechado.

A situação dos Yanomamis ganhou destaque quando o Ministério da Saúde decretou emergência em saúde pública por conta dos elevados casos de desnutrição severa e alta dos casos de malária. Desde 20 de janeiro, a região em Roraima é acompanhada por técnicos do governo federal.

Desde então, doações de alimentos são realizadas e o atendimento médicos dos indígenas é uma prioridade na capital Boa Vista.