O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, atribuiu nesta sexta-feira (10) a alta da inflação à forte da atividade econômica, à desvalorização do real frente ao dólar e aos extremos climáticos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 4,83% em 2024 e ficou acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta para o ano era de 3% e seria considerada formalmente cumprida se ficasse em um intervalo entre 1,5% e 4,5%.
Após o resultado, uma carta aberta foi encaminhada ao ministro da Fazenda e presidente do CMN, Fernando Haddad, na qual Gabriel Galípolo explica os fatores que levaram a inflação a terminar o ano fora do limite máximo.
Toda vez que a inflação estoura a meta, o presidente do BC é obrigado a divulgar um comunicado com as justificativas. Esse é um procedimento de praxe.
O Banco Central já descumpriu a meta em 2022, quando Roberto Campos Neto era presidente. Na época, ele apresentou, na carta, algumas justificativas, como a elevação do preço do barril de petróleo e a retomada da economia.