O Rio de Janeiro terá o reforço das Forças Armadas durante a Cúpula de Líderes do G20, que será realizada nos dias 18 e 19 de novembro, com a presença de chefes de Estado e representantes de 55 nações e organizações internacionais. O evento será realizado no Museu de Arte Moderna (MAM). Entre os chefes de Estado, uma ausência é prevista: o presidente da Rússia, Vladmir Putin, que tem um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional e corre o risco de ser detido em viagens internacionais.
O decreto que autoriza a presença das Forças Armadas na capital fluminense foi assinado pelo presidente Lula e publicado no Diário Oficial da União. O trabalho dos militares vai ocorrer no período de 14 a 21 de novembro. Segundo o governo federal, a medida visa garantir a proteção das delegações e facilitar que o Brasil ofereça um ambiente seguro para todos os envolvidos. Também já foi autorizado o fechamento do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, durante os dois dias da cúpula.
PRESENÇAS CONFIRMADAS
Os presidentes das duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China, confirmaram presença. O americano Joe Biden desembarcará no Brasil após participar da cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), marcada para os dias 10 a 16 de novembro, no Peru. O chinês Xi Jinping também confirmou a presença no Rio de Janeiro e, segundo a agenda oficial, deve continuar no Brasil até 21 de novembro. A expectativa é de que ele realiza uma visita oficial a Brasília, acompanhado do presidente Lula. A nova presidente do México, Claudia Sheinbaum, e o presidente argentino, Javier Milei, também já confirmaram presença.
AGENDA
Durante o G20, são previstas três sessões plenárias com todos os líderes participantes. A primeira, na segunda-feira (18), tem como foco a inclusão social e a luta contra a fome e a pobreza. No mesmo dia, os chefes de Estado participam da mesa que vai abordar a governança global e mudanças em organismos como a ONU e instituições financeiras.
Na terça-feira (19), o tema da sessão plenária será o desenvolvimento sustentável e as transições energéticas. No encerramento das discussões, o presidente Lula passará a presidência do bloco para a África do Sul, representada pelo presidente Cyril Ramaphosa.
A expectativa é de que o Brasil, por ser anfitrião do encontro, também coloque em debate medidas contra as mudanças climáticas e as tensões militares no mundo, com foco no conflito entre Rússia e Ucrânia, e os desdobramentos da guerra de Israel contra o Hamas, que avançou pelo Oriente Médio e tem pontos de confronto no Líbano e Irã.