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Funcionários de creche suspeitos de dopar criança no Rio são afastadas

Exame feito em menino autista de 2 anos acusou a presença de zolpidem, remédio controlado usado no tratamento da insônia

Funcionários de creche suspeitos de dopar criança no Rio são afastadas
Reprodução

Uma professora e quatro agentes de educação do Espaço de Desenvolvimento Infantil Renée Biscaia Raposo, localizado na zona oeste do Rio de Janeiro, foram afastados. A medida foi tomada após suspeitas de terem dopado uma criança de dois anos com autismo na creche.

O episódio ocorreu no dia 14 de junho, no bairro de Cosmos, e as imagens gravadas pelos pais mostram o menino Ítalo cambaleando, sem conseguir se manter em pé (assista abaixo).

A Polícia Civil está investigando o caso e planeja ouvir as profissionais envolvidas nos próximos dias. 

Paralelamente, a Secretaria Municipal de Educação abriu uma sindicância que ainda está em andamento. A criança foi transferida para outra unidade e já retomou as aulas.

O que aconteceu

Os familiares relataram que o menino apresentava sinais de sonolência e falta de equilíbrio após a mãe, a auxiliar administrativa Lays Torres de Almeida, buscá-lo na creche. 

Preocupada, ela levou a criança para atendimento médico, onde foi realizada uma lavagem estomacal. 

Um exame toxicológico realizado em uma clínica privada deu positivo para zolpidem, um medicamento hipnótico usado como sedativo. Por outro lado, o laudo pericial da Polícia Civil não constatou presença de substâncias.  

A mãe do menino compartilhou seu desespero, descrevendo como a criança não conseguia se equilibrar nem quando estava sentada. "Ele poderia ter morrido", afirmou.

O zolpidem é indicado no tratamento da insônia de curta duração, por dificuldades em adormecer ou manter o sono. 

Mesmo para pacientes para os quais o medicamento é indicado, seu uso deve ser o menor possível e não deve ultrapassar quatro semanas.  

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