Recapturados depois de 50 dias, os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, já estão de volta à unidade de segurança máxima.
Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram transferidos na noite desta quinta-feira (04) depois de serem ouvidos pela força-tarefa que atuou nas buscas. Ambos ficaram em silêncio.
Ligada ao Comando Vermelho, a dupla foi encontrada nesta quinta-feira enquanto atravessava uma ponte na cidade de Marabá, no Pará, a cerca de 1.600 quilômetros de Mossoró.
Junto com eles, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal detiveram outras quatro pessoas que faziam a "escolta" dos criminosos em três carros.
Os agentes ainda apreenderam armas – incluindo um fuzil – distintivos falsos, documentos, cartões e celulares.
Pouco depois da recaptura, o ministro da Justiça e Segurança Pública fez um pronunciamento e disse que a operação foi resultado de um trabalho de inteligência.
Ricardo Lewandowski explicou que as buscas estão dentro do prazo estipulado, apesar das dificuldades encontradas e afirmou ainda que Deibson Nascimento e Rogério Mendonça pretendiam fugir do Brasil.
De acordo com as investigações, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça chegaram ao Pará de barco, numa viagem que durou seis dias.
Uma das estratégias usadas para chegar aos criminosos foi o monitoramento de celulares, de acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública.
Depois da fuga, a segurança foi reforçada nos cinco presídios federais, segundo o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia.
O presídio de Mossoró ainda contratou novos policiais penais e melhorou a iluminação no local.
Além disso, foi autorizada a construção de uma muralha em torno da penitenciária, que contava apenas com cercas de arame.
Na noite desta quinta-feira (04), o Ministério da Justiça também demitiu o diretor da Penitenciária Federal de Mossoró, que estava afastado desde o dia da fuga.
Humberto Gleysdson Fontinele é alvo de processo administrativo disciplinar, que pode levar à demissão do serviço público.