Um bombeiro francês morreu na madrugada desta segunda-feira (3) em mais uma noite de protestos contra a morte de um adolescente durante uma abordagem policial. A onda de protestos, no entanto, parece refluir, segundo as autoridades.
Na última terça-feira (27), um jovem de origem argelina de 17 anos foi baleado e não resistiu durante uma blitz policial no subúrbio de Paris. Desde então, Naterre, a 30 minutos da capital francesa, é alvo de violentas manifestações. Os protestos se espalharam pelo país e levaram o presidente Emmanuel Macron a cancelar uma viagem para a Alemanha.
Mais de duas mil pessoas foram presas desde o início dos protestos. Só na sexta (30), foram 1300 presos, número que reduziu para 157 na noite de domingo (2) para segunda.
Outros três agentes ficaram feridos quando uma delegacia e um quartel foram atacados.
O Palácio do Eliseu considera esta a mais grave crise enfrentada pelo presidente desde o movimento dos coletes amarelos, contra a alta da gasolina, em 2018, e os protestos contra a reforma da previdência.
Manifestantes realizaram um ataque à casa de um prefeito de uma cidade próxima a Paris. O carro foi incendiado e enquanto a família fugia, a esposa quebrou a tíbia. A polícia afirmou que investiga o caso como homicídio.
Segundo as autoridades, 350 prédios foram incendiados e 300 veículos danificados.
À imprensa francesa, a avó do jovem morto pediu manifestações pacíficas e que não destruíssem patrimônios públicos e privados.