O Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, começa nesta segunda-feira (16) com a presença confirmada de mais de 30 chefes de estado e personalidades de todo o mundo dispostas a discutir a iminência de uma recessão global e os reflexos persistentes da guerra entre Rússia e Ucrânia nas cadeias globais de suprimentos.
Com o tema “Cooperação em um Mundo Fragmentado”, o Brasil participa do encontro com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Meio Ambiente, Marina Silva. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai e fará a primeira viagem internacional no início da próxima semana para Argentina e Uruguai.
Haddad deve reforçar com investidores que o país tem capacidade e segurança para projetos de longo prazo, além de destacar que as organizações estão preservadas depois dos ataques em Brasília no dia 8 de janeiro.
O ministro da Fazenda ainda deve apresentar o pacote econômico que promete zerar o déficit público e o choque de ordem nas contas públicas. Na semana passada, o Ministério apresentou medidas para economizar mais de R$ 230 bilhões no ano.
Já a presença de Marina Silva é vista como um chamariz para as questões ambientais e a retomada do protagonismo do Brasil na área. Os presentes em Davos estão cada vez mais interessados nas mudanças climáticas e os efeitos na economia global.
A apresentação de um agenda ambiental também ajuda na venda internacional do país, visto com maior credibilidade quando consegue defender a biodiversidade e a natureza, principalmente da Amazônia, maior floresta tropical do planeta.
Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do Pará, Helder Barbalho, também já confirmaram presença na reunião anual.
O Fórum Econômico Mundial foi criado em 1971 pelo economista Klaus Schwab e estão previstas cerca de 450 sessões nesta edição, que volta a ocorrer de maneira presencial em janeiro depois de dois anos em formato virtual ou ocorrendo no meio do ano por conta da pandemia.