O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, voltou a descartar a possibilidade de uma intervenção federal para o combate às organizações criminosas na Bahia.
A alegação foi feita à imprensa após a cerimônia que concedeu a medalha da Ordem do Mérito, no grau de Grã-Cruz, ao Padre Júlio Lancellotti, em São Paulo. Dino afirmou que a intervenção só seria necessária se o governo da Bahia não demonstrasse condições de atuar diante da crise.
"É um quadro muito desafiador. O que nós fizemos foi fortalecer a presença da Polícia Federal, sobretudo visando a pacificação. No sentido amplo da palavra 'intervenção', claro que há, no sentido da presença. A presença está sendo ampliada, mas em parceria com o governo do estado", explicou o líder da pasta.
Segundo Dino, o estado tem agido para conter a onda de violência e conta com o suporte federal para ampliar as ações.
Ainda não há informações de quando entrarão em funcionamento os três veículos blindados da Polícia Federal, que chegaram no estado baiano na última sexta-feira (22), e serão usados para reforçar o combate ao crime organizado.
As forças de segurança seguem no bairro de Valéria e região com buscas de outros suspeitos de participação no ataque que matou um agente da Polícia Federal e deixou outros dois policiais feridos.
Ao todo, 14 suspeitos foram mortos e três foram presos desde a intensificação das ações na área.
No dia 15 de setembro, o agente Lucas Caribé, de 42 anos, morreu após ser baleado. Na mesma ação, ficaram feridos ainda um policial federal e o policial civil Vockton Carvalho, que precisou passar por cirurgia e teve alta médica na última quarta-feira (20).
Ele foi atingido no olho por estilhaços de vidro e ficou com a visão comprometida.