A Fundação Oswaldo Cruz avalia a possibilidade de produção nacional do antiviral molnupiravir. O medicamento, fabricado pela farmacêutica americana MSD (Merck Sharp & Dohme), é estudado como forma de evitar a transmissão da Covid-19.
O Instituto de Tecnologia em Fármacos, o Farmanguinhos da Fiocruz, está em conversas avançadas com a empresa para definir a melhor forma de acesso à população brasileira e um modelo de cooperação técnica.
A Fiocruz também aguarda estimativa do Ministério da Saúde sobre a demanda pelo medicamento. A pasta ainda não definiu se o remédio será distribuído no SUS e espera o aval da Anvisa para uso emergencial ou definitivo.
As negociações entre a Fiocruz e a MSD incluem a possibilidade de estudos futuros para avaliar o antiviral no enfrentamento de outras infecções virais, como dengue e chikungunya.
A MSD disse que deve submeter o medicamento em breve para a análise da Anvisa no Brasil, mas que ainda não há data definida.
A MSD anunciou no começo deste mês que os testes com o molnupiravir mostraram bons resultados. A pílula de uso oral reduziu em cerca de 50% o risco de hospitalização e morte para pacientes que podem desenvolver formas graves da doença, segundo dados preliminares.
A segunda etapa de testes terá a participação da Fiocruz; segundo a médica Margareth Dalcolmo, uma das coordenadoras da pesquisa, o remédio não substituirá a vacina, mas será um complemento