Cerca de 1,5 milhão de paulistanos são afetados pela paralisação dos ônibus em São Paulo. Nesta terça-feira (14), motoristas e cobradores cruzaram os braços em busca de reajuste salarial e aumento nos benefícios pagos a categoria. Sem acordo entre patrões e empregados, a greve segue sem previsão para terminar.
Para auxiliar no deslocamento na cidade, o rodízio de veículos foi suspenso nesta terça e quarta-feira (15). Carros de passeio também estão autorizados a utilizar as faixas exclusivas para os coletivos neste primeiro dia de paralisação.
Segundo balanço divulgado pela SPTrans, 713 linhas estão sem circular e 6,5 mil coletivos estão parados nas garagens.
A categoria suspendeu os trabalhos na meia-noite da terça-feira (14), por causa da falta de acordo sobre reajuste salarial.
A liminar conquistada pela Prefeitura de São Paulo que garantia 80% frota nas ruas no horário de pico e 60% dos coletivos nos demais horários não foi cumprida. A SPTrans acionou o Judiciário para cobrar a multa de R$ 50 mil por dia de paralisação. Também houve um pedido para aumentar o valor da penalidade.
De acordo com a SPTrans, apenas 42% dos coletivos estiveram nas ruas. A maioria dos coletivos que circularam atendem rotas nos bairros. Os corredores estruturais, que circulam entre terminais de diferentes regiões e o Centro da capital paulista, não funcionaram.
Mesmo com pedido do sindicato patronal, o Tribunal Regional do Trabalho mantém para quarta-feira, às 15 horas, o julgamento do dissídio da categoria. O TRT não informou porque não acatou o pedido que foi referendado pela Prefeitura de São Paulo.
Além da greve, o paulistano enfrentou problemas, pela manhã, também no transporte sobre trilhos. Houve lentidão nas Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 15-Prata e 12-Safira. Nas redes sociais, os usuários compartilharam relatos de superlotação e casos de arrastão.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o pico do congestionamento na cidade ocorreu às 09h.