O Federal Reserve (Fed) elevou, nesta quarta-feira (22), a taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual. A decisão, tomada de forma unânime, confirmou as expectativas do mercado.
Com o aumento, os juros americanos passam para uma faixa de 4,75% a 5% ao ano. Na última reunião do Banco Central dos Estados Unidos, em fevereiro, a autoridade monetária já havia reduzido o ritmo de elevação da taxa de juros, anunciando, naquela oportunidade, um aumento de 0,25 ponto percentual.
Para explicar este novo aumento, o Fed citou a quebra dos bancos Silicon Valley Bank e Signature Bank, além da crise enfrentada pelo First Republic Bank, que recebeu socorro bilionário de outras 11 instituições bancárias. O Federal Reserve ainda destacou que a inflação do país segue elevada, com emprego em alta.
"O sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente. Acontecimentos recentes devem resultar em condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas e pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação. A extensão desses efeitos é incerta. O Comitê permanece altamente atento aos riscos de inflação", disse o comunicado da entidade.
O Fed ainda se comprometeu em alcançar a meta de 2% de inflação a longo prazo. “O Comitê antecipa que alguma consolidação de política adicional pode ser apropriada para alcançar uma postura de política monetária que seja suficientemente restritiva para retornar a inflação a 2% ao longo do tempo”.
O Banco Central dos Estados Unidos também divulgou novas projeções apontando que a taxa de juros deve terminar o ano em 5,1%. Isso significaria mais uma alta até o final de 2023.
Já para o final de 2024, a expectativa é de que os juros caiam para 4,3%, sinalizando que cortes na taxa devem ocorrer só a partir do ano que vem.
