Famílias indígenas atingidas pelo desastre ambiental de Mariana, em Minas Gerais, receberão R$ 392 milhões em indenizações. São cerca de 1.650 famílias de Aracruz, litoral norte do Espírito Santo, que foram afetadas pela lama e pelos rejeitos de minério da foz do Rio Doce.
As indenizações consideram o valor para os danos causados às atividades de agricultura, pesca e artesanato. As associações indígenas que representam os aldeados e têm trabalhado no processo de reparação também estão sendo indenizadas.
O pagamento de indenização aos indígenas é fruto de um termo de acordo geral que determina a compensação por danos econômicos, bem como a realização de Programas de Reparação na região.
A Fundação Renova, entidade responsável por gerir as ações de reparação entre a Samarco, acionistas e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, consolidou acordos para a indenização de famílias indígenas a partir de outubro deste ano.
Os acordos foram construídos a partir de diálogos com os grupos indígenas e foram homologados pela 12ª Vara Federal. Como parte desses acordos, por exemplo, foram concluídos recentemente cerca de 300 pagamentos às famílias da Terra Indígena de Comboios, em Aracruz.
A fundação ainda tem outros processos em andamento.