Famílias atingidas pela tragédia de Mariana continuam sem indenização prometida

O Ministério Público aponta que há famílias, inclusive, sem cadastro junto à fundação responsável pela reparação de danos causados pelo rompimento da barragem

BandNews FM

Rompimento da barragem de Fundão despejou rejeitos de minério de ferro na cidade de Mariana (MG)
Antonio Cruz/Agência Brasil

Quase seis anos depois do rompimento da barragem em Mariana, 150 famílias atingidas ainda não foram sequer procuradas pela Samarco e pela Fundação Renova para o pagamento de indenização.

Em 2015, a barragem de Fundão, de propriedade da Samarco, se rompeu e despejou 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro.  

A mineradora tem suas ações divididas entre a Vale e a BHP Billiton. Após a catástrofe, a Fundação Renova foi criada para tentar contornar os danos criados na cidade mineira.

Na última terça-feira (6), em uma audiência judicial, o Ministério Público reclamou da demora na conclusão do processo de reparação.  

Segundo o MP, parte das pessoas prejudicadas pelo rompimento ainda não foi sequer cadastrada junto à fundação. A pandemia, nesse sentido, só teria alongado esse processo.

O órgão pede que a Cáritas, assessoria técnica que representa os atingidos, receba, em até 8 meses, os recursos para indenizar as 312 famílias que ainda aguardam o pagamento da indenização definida por meio de acordo.

Em resposta, entretanto, a Samarco pediu mais tempo para avaliar a proposta - e uma nova audiência ficou marcada para 15 de julho.

Por meio de nota, a Renova disse que pagou mais de R$ 250 milhões a 607 famílias de Mariana. A fundação também afirmou que, das 1.341 famílias cadastradas, 1.177 iniciaram as tratativas de acordo de reparação.

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