“Falta de liderança entre manifestantes é uma dificuldade”, afirma PRF

Coordenador-geral de comunicação, Cristiano Vasconcellos, afirmou que os agentes trabalham incansavelmente para desobstruir as rodovias no Brasil

BandNews FM

O coordenador-geral de comunicação da Polícia Rodoviária Federal, Cristiano Vasconcellos, afirmou em entrevista à BandNews FM nesta terça-feira (01) que a dificuldade em desobstruir as rodovias está na desorganização dos manifestantes, que não tem uma articulação única no movimento.

Desde domingo (30), horas após o resultado das eleições, manifestantes contrários a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupam estradas em diferentes estados. Os protestos foram considerados ilegais em decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

“Nós sabíamos que quem ganhasse (as eleições) iria ter manifestação, a gente se preparou e muito bem, mas o problema é que o movimento é desorganizado, desornado”, afirmou Vasconcellos.

Segundo Vasconcellos, a PRF está trabalhando “incansavelmente e continua atuando com o intuito de garantir a livre circulação e a segurança viária”.

A corporação tem sido criticada pela a forma como está reagindo aos protestos. No STF, o ministro Moraes afirmou que pode estar havendo omissão da Polícia Rodoviária e determinou o desbloqueio imediato das rodovias federais.

Questionado sobre a comparação com as ações da PRF no domingo, quando fiscalizou ônibus com eleitores, e as ações com os manifestantes antidemocráticos, o agente afirmou: “No domingo, nossa operação era fiscalização de trânsito, nenhum ônibus ficou parado por mais de 10 minutos. Agora é um movimento desordenado, que nossos agentes que chegam em 2 policiais contra mais de 100 manifestantes não conseguem fazer naquele momento o desbloqueio”.

De acordo com ele, o diálogo dos policiais com os manifestantes foi tentado de primeira, mas agora os agentes registram as placas dos veículos que serão multados e acionam as forças especiais, com especialidade na força de choque, para retirar os manifestantes.

O coordenador-geral também garantiu que gabinetes de crises foram instalados em todo Brasil e que prisões foram feitas.