O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, anunciou na noite desta terça-feira (21) a abertura de um procedimento administrativo para coordenar o processo de fiscalização do processo eleitoral. Nos próximos 15 dias, entidades fiscalizadoras deverão se inscrever para o processo de fiscalização eleitoral, segundo nota enviada pelo TSE.
A medida foi tomada após o ministro da Justiça, Anderson Torres, enviar ofício à Corte Eleitoral sobre a participação da Polícia Federal no processo de fiscalização e auditoria das eleições. O documento apontava que a PF poderia usar equipamentos próprios no processo.
Já o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, pediu uma reunião com técnicos do TSE para que fossem explicadas as razões de o tribunal não aceitar todas as recomendações feitas pelos militares no processo eleitoral.
As Forças Armadas foram convidadas para participarem da Comissão de Transparência das Eleições e desde então têm levantado dúvidas sem fundamentos contra o sistema de votação. As medidas vão ao encontro do discurso do presidente Jair Bolsonaro de desacreditar o voto eletrônico.
A decisão de Fachin determina que após o período de manifestação de interesse das entidades fiscalizadoras sejam realizados os procedimentos necessários para as “ações de fiscalização e auditoria”.
Os militares sempre participaram do processo eleitoral com o auxílio logístico na distribuição das urnas e a integridade dos locais de votação, mas passou a fazer ataques ao sistema seguindo o discurso bolsonarista.