Extrema-direita cresce no Parlamento Europeu e França terá novas eleições

Partidos de ultradireitistas soma quase 130 eurodeputados e se iguala com esquerda

BandNews FM

Emmanuel Macron
Agência Brasil

O Parlamento Europeu terá uma nova divisão de poderes após as eleições finalizadas neste domingo (09). Os partidos de centro-direita vão manter o controle do Legislativo da União Europeia, mas a extrema-direita ganhou força com os resultados. As três siglas aliadas da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen devem ter mais de 400 cadeiras, de um total de 720. Este grupo é composto por políticos de perfil centrista e considerados moderados.

Já os partidos ligados à extrema-direita deverão somar quase 130 eurodeputados, ficando em “igualdade” com os políticos de esquerda.

A votação na França para o Parlamento Europeu deu ao partido da líder extremista Marine Le Pen o apoio de mais de 30% dos eleitores e o resultado chacoalhou a política no país.

O presidente Emmanuel Macron decidiu dissolver o Parlamento, antecipando para 30 de junho dias a eleição que só deveria ocorrer em 2027.

Na Bélgica, o primeiro-ministro Alexander De Croo renunciou por causa dos resultados. O movimento de ascensão da direita também foi observado na Itália, Áustria e na Alemanha, onde os partidos governistas perderam espaço.

A renovação do Parlamento Europeu, com partidos de extrema-direita de países importantes da União Europeia sendo bem votados, deve impactar também nas relações diplomáticas do Brasil. Em entrevista à BandNews FM, o professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan avalia que, entre os que ganharam espaço, estão opositores ao acordo com o Mercosul. A situação, inclusive, pode ter novas influências caso o presidente francês Emmanuel Macron sofra uma nova derrota nas eleições legislativas.

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