Em depoimento à CPI do 8 de janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal, nesta segunda-feira (4), o general Carlos José Russo Penteado, ex-secretário executivo do Gabinete de Segurança Institucional, disse que não foi informado sobre nenhum alerta da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
“Todas as ações do GSI no dia 08 estão diretamente relacionadas à retenção, pelo ministro Gonçalves Dias, dos alertas produzidos pela Abin, que não foram disponibilizados oportunamente”, declarou.
Questionado sobre as atitudes que poderiam ter sido tomadas, o general afirmou que existia um Plano Escudo, preventivo, mas que a medida falhou por falta de informações.
“Se a coordenação de análise de risco tivesse tido acesso ao teor dos alertas encaminhados ao ministro G. Dias pelo diretor da ABIN, Saulo Moura, teríamos impedido a invasão do Palácio do Planalto”, concluiu.
Carlos José Russo Penteado era o número 2 do Gabinete de Segurança Institucional desde julho de 2021, quando a pasta era chefiada pelo general Augusto Heleno, um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi exonerado após os atos de vandalismo, sendo substituído pelo general Ricardo José Nigri.