A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, conversou com o ex-ministro da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro (PL) e atual senador, Ciro Nogueira (PP-PI), sobre as eleições legislativas na França e seus impactos no Brasil.
Considerado um dos principais aliados políticos e articuladores do ex-presidente, Ciro considera que a derrota da extrema-direita na França foi "didática" e que o cenário serve de recado à direita brasileira: "Se agirmos com radicalismo e soberba, vamos perder em 2026".
Ciro ainda pontua que a direita brasileira tem chances de vencer a próxima eleição presidencial, em 2026, caso não se desloque para os extremos e busque um diálogo com a parcela equilibrada da população.
"É uma eleição ganha se falarmos para a maioria. Mas, se ficarmos apenas dialogando com a bolha de extrema direita, não teremos chance. No primeiro turno [das eleições presidenciais de 2022], falamos para a bolha. No segundo turno, houve uma mudança. Dialogamos com a maioria e quase vencemos", analisou.
Nogueira ainda considerou que o "povo brasileiro não é de extremismos" e que o atual mandatário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também comete equívocos quando fala apenas para "sua própria bolha de esquerda".
"Se acharmos que Lula está morto, que já ganhamos, vamos perder. A direita brasileira não vai ganhar sem o centro. E o centro hoje é mais alinhado com a direita. Basta dialogar", pontuou.