O ex-deputado federal Daniel Silveira foi preso nesta terça-feira (24) pela Polícia Federal em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, após descumprir condições impostas durante a liberdade condicional. A decisão foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Silveira, que estava em liberdade condicional desde sexta-feira (20), não respeitou o horário de recolhimento determinado pela Justiça. De acordo com as autoridades, ele teria ido a um hospital na noite de sábado (21) após sentir dor na lombar e complicações por insuficiência renal, mas ultrapassou o horário limite de 22h estabelecido para o retorno para casa. Além disso, o político teria se atrasado no percurso entre o hospital e a residência.

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes destacou que não havia urgência justificada para o deslocamento do ex-deputado ao hospital sem a devida autorização judicial. Ele também apontou que Silveira violou ao menos 227 medidas cautelares durante todo o processo penal. Como consequência, foi determinado que ele fosse levado para o presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro.

Silveira havia sido condenado em 2022 a oito anos e nove meses de prisão por incitação à violência e ameaças a ministros do STF. Na última sexta-feira, foi concedida a sua liberdade condicional, com diversas restrições, como a proibição de usar redes sociais, conceder entrevistas e manter contato com investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em resposta à prisão, a defesa de Daniel Silveira argumentou que o deslocamento ao hospital ocorreu de maneira normal e que a exigência de autorização judicial para atendimento médico não se aplicaria em casos de emergência, como a crise renal apresentada pelo ex-deputado.