Ex-funcionários do vereador carioca Gabriel Monteiro afirmaram à Polícia Civil que o parlamentar costuma se relacionar com menores de idade e exibe as adolescentes como troféus.

Os assessores falaram que o ex-policial militar chegava a brincar dizendo que abriria uma creche. O gabinete do parlamentar foi lacrado nesta quinta-feira (07).

Em depoimentos prestados na delegacia do Recreio, na zona oeste do Rio de Janeiro, um auxiliar de gabinete e um cinegrafista contaram que o youtuber, que tem 27 anos, classifica mulheres com mais de 20 anos como 'muito velhas'.

Segundo os ex-assessores, Gabriel sempre soube a idade de uma das menores que aparece em um vídeo íntimo com ele. A adolescente tem 15 anos. De acordo com os depoimentos, o parlamentar se vangloriava e afirmava que a menina era "sua novinha e sua bebê". Eles falaram, inclusive, que a menor ficava na casa de Gabriel Monteiro estudando, com uniforme de colégio.

O auxiliar de gabinete Fábio Neder Di Leta disse que os encontros eram constantes, que a garota já chegava ia direto para quarto do vereador quando chegava na casa dele e que já precisou levar pílula do dia seguinte para a adolescente.

Na manhã desta quinta (07), o vereador foi alvo de uma operação da Polícia Civil. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 11 endereços ligados ao parlamentar.

Na casa dele, os oficiais encontraram um cofre onde testemunhas afirmam que Monteiro guardava HDs dos vídeos íntimos. Os policiais também localizaram armas, que foram apreendidas.

Na chegada à delegacia, Gabriel Monteiro falou que todo o armamento era legalizado.

Também de acordo com os ex-funcionários, o vereador filmava as relações sexuais sexo com as meninas e exibia os vídeos para os seguranças e assessores.

Eles afirmaram que já viram menores saindo chorando da casa de Gabriel Monteiro como se tivessem sido abusadas pelo vereador.

O vereador deixou a delegacia por volta das 14h e seguiu negando as acusações.

Além das questões criminais, Gabriel Monteiro também enfrenta um processo ético-disciplinar na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, que apura quebra de decoro parlamentar e pode levar à cassação do mandato dele.