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Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro presta depoimento à PF nesta quinta (18)

Mauro Cid será ouvido na ação que investiga fraudes em cartões de vacinação do ex-presidente e da filha dele

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Foto: Divulgação

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, presta depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (18) na investigação que apura a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 de familiares de Cid, do ex-presidente e da filha dele, Laura, de 12 anos. A oitiva está marcada para às 14h30.

O militar foi preso no dia três de maio durante a Operação Venire, que cumpriu mandado de prisão e de busca e apreensão, inclusive na casa de Bolsonaro.

O militar é investigado como um dos responsáveis por inserir dados falsos no ConecteSus, sistema que reúne os dados de imunização no Brasil. Ele terá que explicar aos agentes o motivo de um computador usado por ele ter acessado os dados de vacinação do ex-presidente nos dias 22 e 27 de dezembro, dias seguintes à inclusão de informações falsas no sistema do Ministério da Saúde.

Cid será questionado também sobre a falsificação das carteiras vacinais da esposa e das três filhas.

Na terça-feira (16), Bolsonaro negou saber do esquema e, afirmou, que, se Cid adulterou os dados, foi por decisão própria.

A alteração aconteceu dias antes do político, a filha e pessoas próximas viajarem aos Estados Unidos. A Polícia Federal acredita que a falsificação possa ter sido feita para permitir a entrada no país, que exigia a vacinação contra a Covid-19.

Bolsonaro afirma que não teria motivo para burlar o sistema, já que viajou quando ainda era presidente e tinha passaporte diplomática, o que o dispensa da apresentação do comprovante de vacinação. Ele destacou também que a filha apresenta laudo médico que a libera da imunização.

Cida também deve ser cobrado sobre o pagamento de despesas do ex-presidente e da ex-primeira-dama com dinheiro vivo, o que levanta a suspeita de lavagem de dinheiro. A Polícia Federal apreendeu o telefone do militar durante a operação e teve acesso a mensagens em que o tenente-coronel instrui assessoras a pagarem despesas de Michelle Bolsonaro. Os envolvidos negam irregularidades no caso.

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