
A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, informou durante a manhã desta terça-feira (11) que os 11 consulados brasileiros presentes nos Estados Unidos registraram, nas últimas semanas, uma alta exponencial de pedidos de registro de filho por parte de brasileiro.
A ação ocorre por receio de separação entre os familiares caso ocorra uma nova onda de deportações em massa, como as promovidas no início do governo de Donald Trump.
De acordo com a jornalista, houve um aumento no número de solicitações de registros civis e certidões de nascimento para crianças que nasceram nos EUA e que não emitiram o documento brasileiro.
O salto, para este documento, foi de 500 pedidos em janeiro para 700 em fevereiro. Já em março, após o início das deportações, o pedido registrou um aumento de dez vezes nos maiores consulados, ultrapassando a casa dos milhares de solicitações.
Bergamo ainda ressalta que o problema já foi identificado por autoridades brasileiras e norte-americanas, já que o assunto foi pauta de uma reunião entre diplomatas brasileiros dos diversos consulados do país no território norte-americano.
A situação, de acordo com fontes brasileiras nos Estados Unidos, é de pânico. Pela lei norte-americana, uma criança nascida nos EUA não pode ser deportada. Entretanto, pais e mães estrangeiros podem ser forçados a deixar o país. Com isso, as crianças ficariam para trás, sob a tutela do Estado norte-americano.
Para os pais brasileiros, a emissão de um documento brasileiro que certifica o nascimento da criança pode facilitar com que as crianças viajem com seus pais para o Brasil em caso de deportação.