Os Estados Unidos podem começar já nesta quarta-feira (3) a aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade. As autoridades de saúde norte-americanas estimam em 28 milhões o público apto a receber as doses do imunizante desenvolvido em parceria entre a Pfizer e a BioNTech.
O avanço da campanha de vacinação para os menores de idade será possível após a aprovação pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças do uso da vacina no público de 5 a 11 anos. A autorização foi confirmada por técnicos do CDC (na sigla em inglês) na noite desta terça-feira (2).
Anteriormente, um grupo técnico independente e agentes da FDA (a agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, similar à Anvisa) já tinham dado sinal verde para o imunizante do laboratório americano e da empresa de biotecnologia alemã.
A vacina se mostrou segura e com boa eficácia quando aplicada em menores de idade. A dose em crianças é um terço da aplicada em adultos. Segundo os fabricantes, o imunizante tem eficácia de 90,7% na prevenção de infecções provocadas pelo coronavírus nesta faixa etária.
BRASIL
No Brasil, o uso de vacinas contra a Covid está autorizado em maiores de 18 anos. A Pfizer também já conseguiu autorização para o uso do imunizante em adolescentes a partir de 12 anos e o imunizante já é aplicado nesta faixa etária.
O laboratório americano afirmou, em nota, que deve pedir o uso emergencial da vacina ComiRNAty em crianças de 5 a 11 anos ainda no mês de novembro no país. A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) precisa analisar o pedido antes do início da vacinação em crianças. Não há como prever em quanto tempo a agência vai analisar o pedido, embora exista uma regra que dá 30 dias para a análise de pedidos de uso emergencial.
A aprovação por uma agência reguladora reconhecida internacionalmente, como a americana, deve facilitar e adiantar os trâmites no Brasil.
O Ministério da Saúde tem previsão de receber mais de 80 milhões de vacinas da Pfizer entre novembro e dezembro. As entregas fazem parte de um contrato de 100 milhões de doses com entrega até o fim do ano. Até esta terça-feira (2), foram entregues 18,6 milhões de doses do contrato. Em setembro, o laboratório já tinha concluído a entrega do primeiro contrato com o governo brasileiro, de outros 100 milhões de doses. O Brasil já tem contrato para mais imunizantes da empresa no próximo ano.