O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) confirma relatório da Met Office, serviço climático britânico, que divulgou na última semana que o ano de 2023 é o mais quente da história. A temperatura global subiu cerca de 1,48ºC em média durante o último ano. A temperatura sinaliza a quebra do recorde estabelecido em 2016, onde o mundo ultrapassou, em média, 1,25ºC em comparação com a média pré-industrial. Durante o ano passado, mais de 200 dias - sendo 116 seguidos - tiveram um novo recorde de temperatura global para a época do ano, de acordo com o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus.
"O que me impressionou não foi apenas o fato de 2023 ter sido de recordes quebrados, mas sim a grande margem para quebrá-los", observa Andrew Dessler, professor de Ciências Atmosféricas na Texas A&M University em entrevista à BBC.
Esse registro preocupa cientistas pelo mundo todo por conta do aumento do aquecimento global, e também por chegar próximo ao limite imposto pelo Acordo de Paris, onde foi definido que o aumento de temperatura não poderia ser maior que, em média, 1,5ºC em comparação com a média pré-industrial.
O estudo ainda traz que o aumento de temperatura refletiu nos oceanos que subiram o nível da água e também bateram recordes de temperatura. Essas mudanças contribuem para que o fenômeno El Niño seja mais "potente" do que o normal. Dessa forma, os impactos serão sentidos a partir de 2024.