Estudo avalia aplicação da 4ª dose da vacina contra a Covid-19

Pesquisa vai acompanhar a produção de anticorpos seis meses e um ano após a terceira dose

Rádio BandNews FM

Pesquisa começou em outubro do ano passado e está em fase inicial de coleta de informações Foto: Myke Sena/MS
Pesquisa começou em outubro do ano passado e está em fase inicial de coleta de informações
Foto: Myke Sena/MS

Um estudo, conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e com o Instituto D'or, vai avaliar os efeitos da terceira dose da vacina contra a Covid-19 e a necessidade da aplicação de uma quarta.

A pesquisa começou em outubro do ano passado e está em fase inicial de coleta de informações. Os cientistas vão monitorar como fica a produção de anticorpos seis meses e um ano após a terceira dose, com diferentes combinações de vacinas.

Mais de 1000 voluntários já fazem parte do estudo. A expectativa é incluir 3.600 nos próximos meses. Os participantes devem ser maiores de 18 anos, morar na cidade do Rio de Janeiro, e devem ter recebido apenas duas doses há pelo menos três meses. O reforço é aplicado no estudo.

O infectologista José Cerbino, pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, vinculado à Fiocruz, acredita que é possível que sejam necessárias novas doses da vacina, mas explica que ainda é preciso de mais tempo para entender o momento adequado para isso.

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, enfatizou que a possibilidade de aplicação em idosos ainda é estudada e disse que, no momento, as pessoas estão protegidas com as três doses.

A expectativa é de que a primeira parcial do estudo esteja pronta no meio do ano, com os resultados divulgados após seis meses de segmento. A conclusão final está prevista para o início do ano que vem.

Na capital fluminense, a primeira dose de reforço começou a ser aplicada em 1º de setembro de 2021 em idosos com 70 anos ou mais, nos institucionalizados e acamados, e nas pessoas com alto grau de imunossupressão.

O Ministério da Saúde disse que a aplicação de uma segunda dose de reforço começou a ser discutida na semana passada na Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização Covid-19, mas informa que ainda não há nada definido em relação ao tema.

No fim de dezembro, o Ministério da Saúde recomendou a aplicação de mais uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em pessoas imunocomprometidas com mais de 18 anos que já tomaram as duas doses da vacina e a dose adicional. O intervalo para a aplicação da nova dose é de quatro meses contados a partir da conclusão do ciclo vacinal inicial.

Em Volta Redonda, no Sul Fluminense, além dos imunossuprimidos, a prefeitura deu início à vacinação com o segundo reforço em idosos com 70 anos ou mais. A medida foi adotada pelo município por causa das mortes registradas nesse ano, a maioria de idosos.