EUA: Militar preso por espionagem recebeu US$ 15 mil por documentos sigilosos

Espião chinês realizou o pagamento ao membro da Marinha norte-americana; caso seja considerado culpado, oficial pode ser condenado a 20 anos de prisão

BandNews FM

Um caso curioso chamou a atenção da população norte-americana nos últimos dias. Isso porque dois membros da Marinha dos Estados Unidos foram presos por suspeita de passar informações sigilosas para espiões da China. Um destes teria recebido US$ 15 mil pelo repasse dos dados confidenciais.

O primeiro militar foi detido em São Francisco, acusado de espionagem, e o segundo foi preso numa base próximo a Los Angeles, acusado de conspiração e de receber propina de oficiais chineses.

Segundo a acusação, um dos marinheiro presos tinha autorização de segurança para acessar informações confidenciais de defesa nacional sobre as armas, propulsão e sistemas de dessalinização de navios da Marinha.  

Este militar passou a se comunicar com um oficial de inteligência da China e repassou informações exclusivas, além de concordar em ocultar suas comunicações e registros de conversas.

A Casa Branca declarou estar atenta a comportamentos subversivos de militares dentro das Forças Armadas norte-americanas e a casos de espionagem, principalmente com envolvimento do país asiático. 

Caso sejam considerados culpados, os militares podem enfrentar uma pena de 20 anos de prisão.

Matthew G. Olsen, procurador-geral adjunto, da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça, declarou ao governo norte-americano que os homens "são acusados de violar os compromissos que assumiram para proteger os Estados Unidos e trair a confiança pública, em benefício do governo chinês".

Já Suzanne Turner, diretora assistente da Divisão de Contra-espionagem do FBI, declarou que as prisões "são um lembrete dos esforços implacáveis e agressivos da República Popular da China para minar nossa democracia e ameaçar aqueles que a defendem".

O caso passou a ser investigado pelas forças militares dos Estados Unidos e pode ser o primeiro caso em que dois oficiais norte-americanos são acusados de repasse de informações sigilosos a um de seus principais opositores.

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