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Dupla do Vila que deu origem à Operação Penalidade Máxima é denunciada pelo STJD

Denunciados por suposto esquema de apostas, Romarinho e Gabriel Domingos agora viram réus no STJD

Da redação

Dupla do Vila que deu origem à Operação Penalidade Máxima é denunciada pelo STJD
Roberto Corrêa/Vila Nova

Romarinho e Gabriel Domingos, que defendiam o Vila Nova quando foram envolvidos em suposto esquema de apostas e manipulação de resultados no futebol brasileiro, são os primeiros denunciados também pelo STJD (Superior Triunal de Justiça Desportiva).

Em entrevista à BandNews FM, o procurador-geral do Superior Triunal de Justiça Desportiva, Ronaldo Piacente, disse que outros inquéritos e denúncias serão feitos de acordo com a análise das provas. A dupla já foi denunciada pelo Ministério Público de Goiás e teve o contrato rescindido com o Vila.

Ronaldo Piacente afirmou que, apesar de haver colaboração entre o STJD e o MP de Goiás, que comanda as investigações com a Operação Penalidade Máxima, os trabalhos ocorrem de maneira independente.

Ainda segundo o procurador-geral do STJD, jogadores que não tenham sido denunciados na esfera criminal podem sofrer processos disciplinares. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê multa de até R$ 100 mil e suspensão de até 5 anos para casos como este – veja em quais artigos do STJD os jogadores podem ser enquadrados em caso de manipulação de resultados.

A participação da dupla do Vila Nova, Romarinho e Gabriel Domingos, em possíveis casos de manipulação de resultados no futebol brasileiro foi revelada pelo presidente do clube goiano, Hugo Jorge Bravo. A denúncia deu origem às investigações do Ministério Público de Goiás à Operação Penalidade Máxima, que apura esquema de apostas no futebol brasileiro.

Sanções em caso de manipulação de resultados

CÓDIGO - COB - CAPÍTULO VII - SANÇÕES

Art. 16. Caso se determine que uma infração foi cometida, o Comitê de Defesa do Jogo Limpo do COB ou órgão congênere da Organização Desportiva competente, deve aplicar uma sanção apropriada sobre o Participante de acordo com o seguinte rol de sanções possíveis:

  • I - Advertência, reservada ou pública;
  • II - Suspensão, por até 5 (cinco) anos
  • III - Multa, de R$ 10.000,00 (dez mil) até R$ 100.000,00 (cem mil reais), corrigida monetariamente - a cada ano - pelo IPCA, até a data do efetivo pagamento.
  • IV - Proibição de acesso aos locais de competição, por até 10 (dez) anos; V - Proibição de participar de qualquer atividade relacionada ao esporte olímpico, por até 10 anos;
  • VI - Banimento do esporte olímpico.

Jogadores envolvidos no esquema de apostas

Denunciados na operação Penalidade Máxima

Fase I

  • Romarinho (ex-Vila Nova)
  • Joseph (Tombense)
  • Mateusinho (Cuiabá)
  • Gabriel Domingos (Vila Nova)
  • Allan Godói (Sampaio Corrêa)
  • André Luiz (Ituano)
  • Ygor Catatau (Sepahan, do Irã)
  • Paulo Sérgio (Operário-PR)

Fase II

  • Eduardo Bauermann (Santos)
  • Fernando Neto (São Bernardo)
  • Victor Ramos (Chapecoense)
  • Igor Cariús (Sport)
  • Matheus Gomes (Sergipe)
  • Paulo Miranda
  • Gabriel Tota (Ypiranga-RS)

Jogadores que fizeram acordo com a Justiça

Alguns jogadores fizeram acordo, admitiram a culpa e viraram testemunhas no esquema de apostas. São eles:

  • Moraes (Juventude)
  • Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino)
  • Nikolas Farias (Novo Hamburgo)
  • Jarro Pedroso (ex-Inter de Santa Maria)

Jogadores afastados pelos clubes

Atletas que não foram denunciados, mas aparecem em provas da Operação Penalidade Máxima, que investiga esquema de apostas, e foram afastados pelos clubes. São eles:

  • Pedrinho (Athletico)
  • Bryan Garcia (Athletico)
  • Richard (Cruzeiro)
  • Vitor Mendes (Fluminense)
  • Nino Paraíba (América-MG)
  • Alef Manga (Coritiba, não relacionado para jogo contra o Vasco)
  • Jesús Trindade (Coritiba, não relacionado para jogo contra o Vasco)
  • Raphael Rodrigues (Avaí)
  • Max Alves (Colorado Rapids, dos EUA)