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"Espero que a vida um dia volte ao normal", diz filha de brasileiros que fugiram do Líbano

Israá Jômaa contou que precisou fugir de Beirute, capital libanesa, junto de sua pequena irmã de 13 anos; Palácio do Planalto prepara voo para repatriar brasileiros que desejam sair da região de conflito

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Enquanto aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) não desembarcam em Beirute, na capital do Líbano, para repatriar aqueles que se encontram nos locais bombardeados por Israel, os brasileiros precisam encontrar maneiras de deixar a região.

A previsão do governo federal é que sejam repatriados, nesse primeiro voo, 220 brasileiros. Além da tripulação regular, vão compor a comitiva militares médicos, enfermeiros e psicólogos.

Filha de brasileiros, Israá Jômaa conversou com a equipe de reportagem da BandNews FM e conta que conseguiu fugir da cidade com a irmã de 13 anos: "Sempre esperamos que, algum dia, a vida normal volte. Vai voltar, se Deus quiser, mas não vai ser como antes, porque está tudo bombardeado".

Já Nesrryn Khalaf, brasileira e tradutora que encontra-se próximo a Beirute, explicou quais as dificuldades burocráticas encontradas entre aqueles que desejam retornar ao Brasil.

"A gente até tentou comprar passagem, no início da semana passada. Mas tem dois problemas: estavam muito caras, e não temos acesso ao nosso dinheiro que esta preso no banco por causa da crise. Tem pouco voo", explicou.

"O aeroporto suspendeu todos os voos pelo que está acontecendo. Queremos sair aqui, a gente precisa da ajuda do governo. Fico muito grata em saber que o governo brasileiro se manifestou e está agilizando tudo para tirar a gente daqui, mas também sei que vai ser um processo muito longo", disse.

No início da madrugada desta quarta-feira, o primeiro voo da FAB para repatriar os brasileiros que estão no Líbano decolou do Rio de Janeiro. O KC-30 segue para Lisboa, em Portugal, onde ficará de prontidão até que tenha autorização para fazer o resgate.

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