Com um reajuste já anunciado por alguns colégios particulares, os pais e responsáveis temem mensalidades que possam comprometer a permanência dos filhos na escola.
Em resposta a uma pesquisa feita pelo site Melhor Escola, cerca de 979 instituições de todas as regiões do Brasil confirmaram um reajuste de pelo menos 9%.
O site também registrou valores 35% a mais em relação ao preço cobrado este ano.
De acordo com a Associação de Pais e Alunos do Distrito Federal, cerca de 30% do salário total de uma família é destinado a despesas com educação.
O presidente da ASPA, Alexandre Veloso, explica que sem a reposição salarial dos servidores, muitos pais têm dificuldade de manter os filhos em escolas da rede privada.
Além disso, o porta-voz destacou que por dois anos consecutivos houve um aumento de mais de 10% nas mensalidades, o que gera um acúmulo preocupante para quem já paga altos valores.
Apesar de não existir uma lei que determine um limite máximo para o aumento do custo das escolas privadas, cada instituição é obrigada a justificar o reajuste em uma planilha de custo com base na lei 9.870 de 1999.
Advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Carolina Vesentini, explica que mesmo sem um valor máximo para o reajuste, a população pode contestar a diferença em casos de preços abusivos.
O alerta final das entidades é para que o consumidor avalie também o que a escola cobra além da mensalidade para evitar surpresas.