Escolas estaduais de São Paulo vão passar a ter segurança privada, com agentes desarmados, segundo o governador Tarcísio de Freitas. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (13) durante uma visita ao colégio Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona Oeste da capital, onde uma professora morreu no último dia 27 ao ser esfaqueada por um estudante de 13 anos.
O governador estava acompanhado dos secretários de Educação, Renato Feder, e da Segurança Pública, Guilherme Derrite, para anunciar uma série de medidas que podem mudar a rotina de milhares de aluno.
"As medidas são resultado de uma ampla pesquisa que fizemos com os profissionais da educação, em uma construção conjunta para a definição de estratégias que contribuam para um melhor ambiente escolar", afirmou.
Os seguranças particulares serão contratados ao custo de R$ 60 milhões e alocados em regiões mais vulneráveis, a serem definidas pela secretaria e pela equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar.
O governo também vai enviar um projeto de lei à Assembleia Legislativa de São Paulo para colocar de forma permanente um policial em cada unidade. A ideia é recontratar os agentes de segurança já aposentados para assumir a função de gestores do programa Segurança Escolar.
Nas ruas, a promessa é de ronda reforçada com ampliação dos 600 agentes disponíveis atualmente. "Reforçamos o policiamento nas imediações das escolas, além de todo o trabalho já realizado pela Ronda Escolar. Com o botão dentro do aplicativo 190 SP, poderemos direcionar a viatura mais próxima caso alguma escola passe por algum problema", destacou o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
O "botão do pânico" já pode ser usado por funcionários de oito mil escolas estaduais, municipais e particulares. Por meio dele, o estudante também vai conseguir denunciar atitudes suspeitas em sala de aula, anexar prints de redes sociais suspeitas e pedir ajuda, tudo de maneira anônima.
Já a Secretaria de Educação informou que vai contratar 550 psicólogos "o mais rápido possível" para fazer ao menos uma visita toda semana nos mais de 5 mil colégios da rede estadual. Dentro do Conviva, 5 mil professores, um por escola, terão jornada de 10 horas semanais exclusivas para disseminar ações do programa em suas escolas.
"Os professores de convivência farão a primeira abordagem aos alunos, com um olhar para o acolhimento e a saúde mental. Além disso, os psicólogos darão uma assistência especializada, auxiliando os professores e alunos com todo o suporte necessário", prometeu o secretário Renato Feder.
Na capital paulista, a prefeitura prometeu aumentar a ronda escolar com a presença da GCM, além de ampliar o programa "Mães Guardiãs" para integração entre comunidade e Poder Público. O prefeito Ricardo Nunes também diz que vai intensificar os atendimentos psicológicos dos estudantes dentro das próprias unidades.
Além disso, a prefeitura criou um comitê de proteção escolar formado por 7 secretarias com o objetivo de prevenir novos ataques. A equipe vai definir um protocolo integrado de orientação às unidades escolares, de saúde, assistência social e segurança urbana para situações de emergência.