Equipe de Lula visita escritório da transição e promete cálculos econômicos

Presidente do PT, Gleisi Hoffman, disse que partido ainda calcula valor do salário mínimo e que agenda será definida pelo presidente eleito na próxima segunda (07)

Rádio BandNews FM

Aliados de Lula afirmam que ele terá encontros com chefes de outros Poderes Foto: Agência Brasil
Aliados de Lula afirmam que ele terá encontros com chefes de outros Poderes
Foto: Agência Brasil

A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, disse nesta sexta-feira (04) que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai discutir a agenda da próxima semana apenas na segunda-feira (07) em uma reunião em São Paulo. Ainda não há previsão, segundo ela, de o petista ir a Brasília, embora a viagem ao Planalto Central possa ocorrer já na próxima semana.

Aliados de Lula afirmam que ele terá encontros com chefes de outros Poderes antes mesmo de assumir a Presidência. Mas a viagem do presidente eleito para o Egito, onde vai participar da COP-27, pode atrasar a ida a Brasília.

Na segunda, a equipe de transição começa a ocupar o Centro Cultural do Banco do Brasil, local designado para concentrar aqueles que vão receber as informações do atual governo para planejar os próximos anos sob o comando de Lula. O CCBB fica a sete quilômetros do Palácio do Planalto e já foi usado em outras transições de poder.

Os nomes da equipe começam a ser anunciados na segunda-feira (07) e serão acompanhados pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Ele foi escolhido por Lula como o coordenador da transição e já esteve na capital federal.

Alckmin foi recebido pelo ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e pelo secretário-geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos. Ambos reafirmaram que o processo de troca de bastão vai ocorrer sem maiores problemas.

A presidente do PT também disse que a equipe petista ainda trabalha para fechar os números econômicos do novo governo. O salário mínimo que tem valor previsto de R$ 1.302,00 poderia chegar a R$ 1.320, com um aumento real de 1,30%, mas contas ainda são feitas. O principal impasse é o custo, já que o salário mínimo impacta em despesas previdenciárias.

A ideia da equipe de transição é apresentar uma proposta econômica já na próxima semana para garantir no Congresso uma autorização para manter o Bolsa Família em R$ 600 por família e outros gastos da área social. A previsão é votar uma Proposta de Emenda à Constituição abrindo oportunidade de um gasto fora do teto de gasto.