Entenda se vai faltar arroz no mercado por conta de enchentes no Sul

Produção brasileira do grão é concentrada no estado, mas maior parte já foi colhida e problema de abastecimento é momentâneo

Da redação

Destruição por conta das enchentes no RIo Grande do Sul
Reprodução | Agência Brasil

O Governo Federal anunciou a importação de arroz nesta terça-feira (7), devido à perda de produção por conta da tragédia climática no Rio Grande do Sul.  

A colunista da BandNews FM Juliana Rosa explica que, apesar das plantações do grão estarem concentradas no estado, não há necessidade de estocar o alimento em casa. A falta do alimento não será prolongada porque, apesar das perdas, a maior parte já foi colhida  (assista ao vídeo abaixo).

"A questão é momentânea porque o problema maior é o transporte. O arroz não consegue chegar ao restante do Brasil por conta das estradas bloqueadas e destruídas. Quando houver a possibilidade logística, a produção do grão volta a circular", explica.

Produção concentrada no Sul

Cerca de 70% do arroz do país é produzido no Rio Grande do Sul. Para lidar momentaneamente com o problema da distribuição e os preços não aumentarem para o consumidor, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou que serão importadas 1 milhão de toneladas do produto.

A compra será realizada através de leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com a aquisição de 200 mil toneladas do grão, num primeiro momento.  

De acordo com o ministro, a ideia não é concorrer com os produtores gaúchos, mas oferecer o produto para pessoas física em pequenos mercados em periferias, para evitar especulação.

"A maior parte do arroz já foi colhida, cerca de 80%. Mas uma parte da colheita estava em silos e armazéns que foram inundados", explica Juliana Rosa.  

A colunista acrescenta que o abastecimento de frutas e legumes será afetado na região, mas também de forma momentânea. "O impacto inflacionário é pontual, porque a maior parte das culturas é possível de recuperar ao longo do ano. As culturas que mais sofrem são as mais longas, como o arroz".

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