Em sessão tensa, deputados aprovam repúdio à ataque contra Kirchner

Congresso reuniu parlamentares governistas e da oposição

BandNews FM

Cristina Kirchner foi a primeira presidente eleita da Argentina. José Cruz / Agência Brasil
Cristina Kirchner foi a primeira presidente eleita da Argentina.
José Cruz / Agência Brasil

O Congresso da Argentina aprovou neste sábado (03) uma declaração de repúdio à tentativa de assassinato da vice-presidente Cristina Kirchner.  

Deputados governistas e da oposição convocaram uma sessão extraordinária. Embaixadores de vários países, inclusive do Brasil, também foram convidados para acompanhar os trabalhos.

Em uma sessão tensa, o documento foi redigido e depois modificado a pedido do maior partido de oposição do país, o conservador "Juntos Pela Mudança". Uma parte dos oposicionistas deixou o plenário em seguida.

O texto de repúdio expressa a "mais forte rejeição" à "tentativa de assassinato" da vice-presidente.

Enquanto isso, a Justiça argentina continua as investigações para entender se o agressor, Fernando Sabag Montiel, de nacionalidade brasileira, agiu sozinho e o que motivou o crime.

A namorada do acusado, Âmbar, disse que nunca imaginou que ele faria algo assim. Segundo ela, Fernando não é uma pessoa violenta.

Cristina Kirchner foi a primeira presidente eleita da Argentina e governou o país de 2007 a 2015. Ela se tornou vice-presidente após a vitória de Alberto Fernández, em dezembro de 2019, e é uma figura que divide opiniões.

Cristina é alvo de acusações de corrupção ligadas a um suposto esquema de desvio de dinheiro público em obras públicas.

Há duas semanas, o Ministério Público entrou com um pedido de 12 anos de prisão contra ela. A sentença deve sair até o fim do ano.