O distrito de Xangai, hub financeiro da China, confirmou na manhã desta segunda-feira (18) no horário local as primeiras três mortes por Covid-19 desde o início de um surto da doença provocar o isolamento da região, no início de março.
As autoridades confirmaram ainda 19.831 casos assintomáticos e 2.417 pacientes com sintomas de Covid. Os dados são referentes aos testes realizados no domingo (17) e são menores dos que os resultados de sábado (16), o que parece indicar uma redução nas contaminações. As informações são da agência Reuters.
Desde 10 de março, quando a cidade entrou em um grande isolamento e as autoridades determinaram a testagem de todos os mais de 20 milhões de habitantes, já foram realizados mais de 200 milhões de testes.
Um rigoroso sistema de isolamento tenta conter as contaminações, mas também já gera protestos contra a política da “Covid Zero” implantada pelo regime chinês. Pequenos grupos foram às ruas demonstrar insatisfação com as restrições e afirmam estar passando fome sem poder sair de casa.
Anteriormente, o lockdown era irrestrito para todas as regiões da cidade, mas agora já houve um afrouxamento para o isolamento dinâmico. Assim, ficam impedidos de circular aqueles de moram ou trabalham em regiões com mais casos ou com surtos da doença.
A nova regra tenta permitir a reabertura de plantas fabris fechadas há semanas, o que já impacta a produção de produtos de tecnologia e autopeças.
Desde o início da pandemia, as autoridades chinesas contabilizam 4.641 mortes pelo coronavírus, número baixo e que seria um reflexo da política restritiva ampla.
Na comunidade científica chinesa, já existem questionamentos sobre a necessidade de convivência com o vírus e o fim das propostas de lockdown, mas o tema ainda é tabu entre os comandantes do Partido Comunista Chinês, que governa a China e toma as decisões sobre as políticas de saúde.