Em Guarulhos (SP), profissionais da saúde passam horas em filas quilométricas de vacinação

Da Redação

Em Guarulhos (SP), profissionais da saúde passam horas em filas quilométricas de vacinação
Reprodução TV
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

As filas quilométricas para conseguir a primeira dose da vacina contra a Covid-19 não foram os únicos problemas enfrentados por profissionais da saúde de Guarulhos.

Uma moradora da cidade, que preferiu não se identificar e teve a voz distorcida, reclama da má-fé daqueles que furam a fila prioritária para a imunização.

Duas pessoas foram denunciadas e a reportagem da BandNews FM checou os perfis na internet.

Uma das denunciadas diz trabalhar no governo do estado e administra o perfil de uma agência de viagens com mais de três mil seguidores.

Ela postou uma foto segurando o comprovante de vacinação.

Outra denunciada trabalha em um food truck e também fez um post comemorando a imunização.

Quem é profissional de saúde e tem direito a receber a vacina passou horas na fila no entorno do Bosque Maia, no centro de Guarulhos.

A fisioterapeuta Juliana Cordazzo conseguiu se imunizar, mas reclama das pessoas de fora do município recebendo as doses por lá, o que, segundo a campanha de vacinação da cidade, não é permitido.

Nesta primeira etapa de vacinação, que começou na segunda-feira (8), somente os idosos acima de 90 anos e profissionais da saúde podem se imunizar na cidade da Grande São Paulo.

O secretário de saúde de Guarulhos, José Mario Stranghetti, diz que que quem cometeu fraudes deve enfrentar a lei e que a campanha de vacinação, apesar das filas, foi elogiada.

Sobre as denúncias de irregularidades na vacinação, a prefeitura de Guarulhos diz que a documentação de cada imunizado não fica retida no posto e, por isso, diante das denúncias apresentadas, a Secretaria de Saúde vai encaminhar as fichas de vacinação e encaminhar os casos ao Ministério Público Federal para investigação, podendo a pessoa que usou de má-fé para se vacinar responder criminalmente pelo ato.

A pasta diz ainda que os profissionais devem comprovar a atuação na área da saúde, além de levar o CPF, documento com foto, cartão SUS e comprovante de endereço, sendo este último solicitado e não uma exigência legal, ou seja, vai da consciência de cada um.

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