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"Em 50 anos, é a pior seca que já vi na vida", diz ribeirinho sobre crise em Rondônia

Rio Madeira passa por seca histórica que afeta população, transporte de cargas, falta de água potável e a escassez de peixes; local está a mais de três meses sem chuvas significativas

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Com a sétima onda de calor do ano de 2024, boa parte do território brasileiro deverá seguir com temperaturas elevadas nesta quinta-feira (26). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), ao menos 11 capitais deverão ter máximas acima dos 35 graus e a situação será mais crítica no Sudeste, Norte e Centro-Oeste.

No Norte, a seca histórica registrada no Rio Madeira já afeta a população ribeirinha e atinge diretamente o transporte de cargas, o que causa falta de água potável e a escassez de peixes.

Nos últimos dias, o rio atingiu a marca de 25 centímetros, o menor nível já registrado em Porto Velho. São mais de três meses sem chuvas significativas na capital do estado de Rondônia.

O ribeirinho Manoel Cipriano conversou com a equipe de reportagem da BandNews FM e disse nunca ter visto nada parecido na região: "A seca, para mim, que tenho 40 ou 50 anos de Rondônia, é a pior seca que já vi na minha vida. Sofrida".

De acordo com a Defesa Civil, na região de Porto Velho, mais de quatrocentas famílias que moram às margens do Rio Madeira estão sendo afetadas pela seca extrema.

O agricultor Alcino da Mata explicou que a falta de chuvas atinge o solo, que perde capacidade hídrica e prejudica a produção agrícola: "Se não tem água para poder abastecer as plantas e as plantações, tudo sofre, ao mesmo tempo".

Pelo Rio Madeira, chegam e saem de Rondônia grãos, como milho e soja, além de líquidos, como massa asfáltica e biocombustíveis. Ainda passam pelo local produtos gerais, como alimentos, bebidas e veículos. Devido ao baixíssimo volume de águas, as usinas hidrelétricas também reduziram as operações.

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