O candidato da extrema direita Javier Milei larga na frente após as eleições primárias para a presidência da Argentina. Ele teve 30% dos votos válidos, contrariando as estimativas.
Em segundo lugar, está o partido “Juntos pela Mudança”, com 28,7%. Na disputa acirrada, na terceira posição vem a chapa governista “União Pela Pátria”, com 21,4%.
Milei é deputado e líder da coalizão “A Liberdade Avança”.
Este é o pior resultado do partido governista nas primárias desde 2011, quando foram implementadas obrigatoriamente.
A abstenção é uma preocupação no país, nas últimas eleições. Nestas eleições primárias, 30% da população não votou.
A votação final ocorrerá em 22 de outubro.
Dentre as propostas polêmicas de Milei, está a adoção do dólar como moeda oficial e o fechamento do Banco Central argentino. A liderança do candidato nas pesquisas provocou incerteza no mercado financeiro.
Em resposta, os títulos argentinos no chamado "pré-mercado" de Wall Street caíram 12%. Já o dólar blue, conhecido como câmbio paralelo da Argentina, começou o dia com alta em média a 10%.
O candidato também se posiciona contra o aborto e diz não crer em mudanças climáticas.