Egito reabre fronteira e dá esperança para saída de brasileiros de Gaza

Grupo com 34 cidadãos esperando repatriação já relata problemas com falta de alimentos e água

BandNews FM

Egito reabre fronteira e dá esperança para saída de brasileiros de Gaza
Egito reabre fronteira e dá esperança para saída de brasileiros de Gaza
Reuters

O Egito reabriu nesta segunda-feira (6) a fronteira com a Faixa de Gaza depois de dois dias de indefinição sobre a saída de estrangeiros que estão no enclave palestino. Pelo segundo dia consecutivo, as autoridades não divulgaram listas com novos nomes de autorizados a deixarem o território em guerra. Desde a última quarta-feira (1), mais de dois mil já obtiveram liberação para passar para o lado egípcio.

Neste momento, foram levados para a fronteira feridos autorizados a realizar o tratamento no Egito. O Crescente Vermelho, homólogo da Cruz Vermelha nos países árabes, coordena o trabalho.

O embaixador responsável pela Representação do Brasil em Ramallah, a capital da Cisjordânia, Alessandro Candeas, disse aguardar que “os brasileiros entrem na lista de autorizados. Os feridos foram transportados para a fronteira pela Cruz Vermelha / Crescente Vermelho”.

Com a liberação da passagem, o grupo com 34 brasileiros que estão em Gaza restabeleceu a esperança de deixar o local. Um avião cedido pela Presidência da República está no Cairo para fazer o voo de repatriação.

O brasileiro naturalizado Hasan Rabee comemorou a reabertura do posto de fronteira: “É um bom sinal para os próximos dias. Vamos ver se conseguimos sair”. A reabertura do posto ocorreu por volta das 15h, no horário local. A Faixa de Gaza está seis horas a mais que o horário de Brasília.

Na última sexta-feira (3), o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, disse ter conseguido garantias do seu semelhante israelense que os brasileiros estariam fora da Faixa de Gaza até quarta-feira (8).

Fazem parte do grupo 24 brasileiros, 7 palestinos com processo de imigração iniciado e 3 parentes deles.

O grupo já relata a falta de alimentos e água potável. Eles estão divididos em duas cidades. Uma parte está em Rafah, a pouco metros do posto de fronteira, em duas casas alugadas pelo Itamaraty. Já o restante está em Khan Yunies.